Os tempos mudaram. O século XX trouxe consigo avanços incomensuráveis. Padrões comportamentais foram rompidos. Tabus teoricamente quebrados, mulheres libertas, atuantes no mercado de trabalho, emancipação feminina, mulheres lideres, resumindo, fim da submissão. Século XXI se inicia, com toda essa transformação, mas uma das maiores queixas masculinas esta no fato de sua mulher não o procurar sexualmente. Comum ouvir da mulher a falta de desejo sexual, o que é transformado para o parceiro em cansaço físico, acumulo de tarefas, preocupação com os filhos e a tão conhecida “dor de cabeça” feminina.
A pratica sexual é tão necessário quanto o sono, quanto a alimentação e outras necessidades fisiológicas. O porquê então das pesquisas revelarem que mais de 55% das mulheres casadas não sentem esse desejo sexual?
Na maioria dos casos, o desinteresse pelo sexo está ligado a fatores psicológicos ou sociais. Também a educação que recebeu as travas que criou em relação à sexualidade, o medo de “perder-se”, o sexo visto e tido como pecado ou ato sujo, a falta de diálogo entre os parceiros, a monotonia conjugal, a falta de carinho e o fim do romance, as práticas sexuais pouco gratificantes e até a resistência em inovar acabam minando o relacionamento e facilitam o desinteresse.
A mulher parece tratar a sexualidade como algo a ser resolvido sempre no amanha. Com o passar dos tempos, o casamento parece estar tão insolúvel que nada o irá abalar. Com o nascimento dos filhos também o marido passa a ter um papel secundário, uma vez que ser “a mãe” é a função principal na vida da mulher. Também o fato de envelhecer associado ao climatério e a menopausa interferem na sexualidade feminina. Com isso o casamento acaba sendo o propulsor do fim da sexualidade.
Para o homem a excitação sexual é rápida e não emocional, mas para a mulher basta uma simples palavra que ela tenha interpretado como ofensiva que o emocional a domina e com isso o desejo sexual se esvai. E esse ciclo parece eterno no casamento.
Acredito que a mulher contemporânea possa lidar com os sentimentos de culpa, com as pressões e repressões que sofreu em sua criação, procurando reverter às experiências traumáticas caso tenham ocorrido, valorizando-se e podendo assumir a sua feminilidade e sensualidade.
No casamento, a sexualidade esta implícita e explicitamente acordada entre o casal. Portanto não existe casamento sem sexo, podendo esse tipo de união ter quaisquer adjetivos menos uma união conjugal. Repensar e modificar comportamentos sempre é um bom recomeço.
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